Alado, a imensa asa roçagante pela linha cortante do horizonte, um pássaro sangra-se em poente. Consumido pelo sol serão, sob o olhar enamorado da lua, as suas cinzas a promessa de um infinito luar.
Este blog arquiva parte do que escrevo como ficção. Ou excertos de livros já publicados, ou de livros que penso poder publicar, ou trechos que não terão outra publicação do que esta. Num mundo em que a voragem editorial mata nas livrarias qualquer livro semanas depois de ele ter surgido, este ainda é o lugar onde a escrita poderá permanecer. O provisório torna-se, pois, definitivo. No dia em que nos formos embora aqui ficará como a âncora e a palavra esperança que foram, para Antero, a derradeira presença.